domingo, 31 de março de 2013

Preta Bandera,
culturas populares e autonomia

Jongo e Samba de Roda são as "armas" escolhidas pelo grupo Preta Bandera para divulgar suas propostas revolucionárias de poder popular na sociedade atual. Fortemente embasados nas tradições desses batuques, aproveitam os conselhos de muitos mestres e mestres - e os conceitos de movimentos que buscam outros mundos possíveis - e arriscam versos, pontos e movimentos que sejam mais representativos de suas realidades.



A roda é o ponto alto, na qual música e dança são compartilhados sem hierarquias entre artistas-pesquisadores e público de maneira bastante criativa. O grupo tem promovido inúmeras interações nos espaços que ocupa e esta estão repletas de simbologias e de ensinamentos..




Que a crise econômica mundial desencadeada nos idos de 2008, apelidada de crise de superprodução, seja apenas o fundo do poço dos nossos melhores desejos, já que as grandes transformações transbordam exatamente nestes períodos de grandes depressões. Mas é preciso também a organização libertária, a criação do poder popular, desde as bases, desde agora, para que não paguemos a crise imposta pela burguesia com a ampliação e aprofundamento de nossa desunião, de nossa miséria, que aproveitemos a brecha, já que os grupos de cultura popular, com sua diversões revolucionárias, as fábricas urbanas com seus operários, os trabalhadores da terra e do ar e do mar, enfim, os fazedores de coisas, que são os verdadeiros poetas, as verdadeiras pessoas, os verdadeiros focos irradiadores do amor, prossigam firme e felizes na luta, para que o poder popular avance na sua sagrada missão, de exercício, de expansão intensiva e extensiva de autonomia, de extinção de todas as classes sociais, pelo fim da maldita parasitagem, de toda e qualquer hierarquia, seja econômica, seja racial, cultural ou intelectual, sei lá! Espiritual! Amém!


retirado do informativo libertário Preta Bandera n° 0